Roberto Carlos Rodrigues, de 36 anos, viveu momentos de tensão.
Nascido em Volta Redonda (RJ), ele está na África desde 2009.
“Realmente limparam a igreja. Limparam, meteram fogo, mas é assim mesmo. Deus é grande, Deus pode fazer muito mais”, disse o pastor Roberto Carlos Rodrigues, de 36 anos. Ele viveu momentos de tensão durante os protestos de radicais islâmicos no Níger, na África.
Nascido em Volta Redonda, no Sul do Rio de Janeiro, Roberto Carlos vive no país africano desde 2009, quando fundou uma comunidade cristã na capital Niamey. Segundo ele, dois templos da Igreja Presbiteriana Viva foram atacados, um deles pouco antes de um encontro bíblico para crianças. Por segurança, o pastor e outras 20 pessoas ficaram escondidas. O Itamaraty orientou que eles evitem sair de casa.
Na cidade natal, missionários e fiéis acompanham as notícias. “Visto que a situação acalmou, eles estão cada um nas suas casas e me parece que a embaixada do Benin e a embaixada de Burkina Faso estão tentando articular, se possível, de alguma forma uma evasão rápida, se por acaso houver necessidade”, contou o pastor Djalma Barros.
Cinco mortos e 128 feridos
A polícia local afirmou que as manifestações do último fim de semana deixaram cinco mortos e 128 feridos em Niamey. Houve registro de ataques a 45 igrejas, cinco hotéis, 36 bares, um orfanato e uma escola cristã, segundo noticiou a agência France Presse.
Os locais foram saqueados e incendiados em protesto às charges que mostram o profeta Maomé publicadas pela revista satírica francesa ‘Charlie Hebdo’. Ainda de acordo com a polícia, 189 pessoas foram detidas, suspeitas de envolvimento nos protestos.