Aproximando-se o tempo em que seria elevado ao céu, Jesus partiu resolutamente em direção a Jerusalém.
E enviou mensageiros à sua frente. Indo estes, entraram num povoado samaritano para lhe fazer os preparativos; mas o povo dali não o recebeu porque se notava em seu semblante que ele ia para Jerusalém.
(LUCAS 9:51-53 [1])
No mundo de hoje costumamos usar a expressão “tribo urbana”, para falar de uma rede de amigos que possuem afinidades, laços, interesses em comum; e que apresentam uma conformidade em suas crenças, pensamentos, hábitos, maneiras de falar, de se vestir e agir. Se por um lado quando pensamos nestas tribos, lembramos dos punks, skinheads, ou hippies…
quando ampliamos esse pensamento, podemos ver que cada um de nós está dialogando, ou imerso em algum tipo de tribo urbana. Temos as “tribos” dos surfistas, skatistas, funkeiros, esportistas, lutadores de MMA, daqueles que fazem parte de torcidas organizadas, dos fãs clubes de artistas, dos diversos segmentos religiosos, dos grupos políticos, ou aqueles que são ativistas envolvidos em alguma causa específica, dentre muitos outros espalhados em nossa sociedade. Enfim, pense na sua vida e você verá que de alguma forma uma ou mais tribos tem influenciado seu jeito de pensar, de falar, de se vestir, de crer, de agir, de gastar seu tempo, seus esforços e seu dinheiro.
Apesar do conceito de “tribo urbana” ser algo da nossa época, esse texto que lemos nos fala de um povo, que nos faz lembrar esta ideia. Os samaritanos eram um grupo de Israel, que era formado por judeus que haviam se misturado a outros povos; e por isso eram considerados um tipo de “pseudo-judeus”. Eles eram excêntricos, pois tinham seu próprio templo, seu culto, suas próprias “bíblias”, tinham seus sacerdotes, sua própria teologia, religião e forma de ver o mundo.
Jesus entende que é chegado o momento de entregar sua vida; havia chegado a hora de consumar a sua obra (v.51). Por isso, o Senhor toma a decisão de ir para Jerusalém, onde os sacrifícios eram realizados. Lá o Cordeiro de Deus Imaculado, que haveria de tirar os pecados do mundo, seria sacrificado na cruz. No entanto, como Jesus morava na região da Galiléia, ele precisava passar pela Samaria (se bem que muitos judeus contornavam a região dos samaritanos, por conta do ódio existente entre
aqueles povos).
Ao chegar a um povoado da região da Samaria, Jesus envia seus discípulos para que vejam a possibilidade lá encontrarem um lugar para descanso. Jesus já era conhecido, sua fama já havia corrido, e por isso, talvez em um primeiro momento, aqueles samaritanos tivessem pensado: _”será muito bom ter Jesus conosco, ele curará nossos enfermos, fará milagres, nos
falará de Deus…”._ O problema se deu quando aqueles homens notaram que Jesus estava indo para o templo de Jerusalém (v.53), e não para o templo do monte Gerizim (lugar onde ficava o templo Samaritano). Naquele instante, os Samaritanos se irritam porque Jesus não validaria o comportamento daquele povo, não apoiaria a religião, os sacerdotes, a teologia, o culto, a bíblia, daqueles samaritanos. Em outras palavras, eles não o receberam porque Jesus não concordava os ensinamentos, os pensamentos e comportamentos daquela “tribo”.
Os samaritanos são uma perfeita foto de qualquer tribo urbana nos dias de hoje. Daqueles que simpatizam com Cristo, que querem Jesus consigo, contanto que Ele os apoie em sua causa; se Ele for favorável à maneira com a qual pensam, agem e falam. Querem Jesus até o momento em que o Cristo não interfira, na forma em que se vestem, tratam seus corpos, se relacionam uns aos outros, como enxergam a Deus, gastam seu dinheiro, ou trabalham.
Há muita gente assim, querem um Jesus que se adeque à sua tribo, às sua atitudes, à sua orientação sexual, à sua preferência espiritual e orientação política. O Senhor não pode interferir em seus hábitos pecaminosos, e precisar apoiá-los em todas as suas causas, sejam elas certas ou erradas, boas ou más. Tais pessoas dizem: _”Eu gosto muito de Jesus! Contanto, que ele não venha com esse papo de ser Deus e Senhor sobre a minha vida, pois nela mando eu.” Tais pessoas que querem Jesus em suas vidas, mas nos seus termos. Mas Jesus diz: “Não é assim que funciona! Não é você que me diz para segui-lo. Sou eu que falo para que
você me siga.”
Meu ponto é apenas um contigo nesta hora. O que acontece contigo quando Jesus não apoia aquilo que você está fazendo? O que acontece quando Jesus diz que você está errado aquilo que você pensa? O que acontece quando Jesus diz que você precisa mudar a sua maneira de falar, de vestir, de crer, de ser? Será que como os Samaritanos você diz: “então, o Senhor Jesus não pode entrar em minha vida!!??” Ou você diz: “Senhor eu te recebo em minha vida, aceito tua vontade, pode me transformar, eu quero te seguir por onde quer que fores”???!!!
Que tipo de pessoa você é? Daqueles que o querem perto de si apenas se Ele vier a reforçar seu estilo de vida? Daqueles que o recebem contanto que ele aceite e tolere tudo que fazem?
Em nome de Jesus não aja assim. Os samaritanos fizeram assim, e perderam a oportunidade de ter Jesus próximo deles. Aqueles que não o conheceram como Senhor e Deus, perderam a oportunidade de ter comunhão Jesus, e de tê-lo como amigo, ajudador, salvador, consolador, pastor, protetor, provedor, libertador, rei…
A bíblia nos diz que Jesus é o “Leão da TRIBO de Judá”. E este Jesus hoje lhe convida fazer parte da tribo dele! Venha para Ele, venha para Cristo, para a tribo Dele!
No amor de Cristo.
Pr. Artur Filho.
Qual é sua tribo?
Assista o vídeo clipe Só em Jesus do projeto Rehinos : http://youtu.be/qlBYRnx8NFI